Quarantine – Sérgio Canfield

Munch (Criança doente); Picasso (Guernica); J.L. David (Morte de Marat); Portinari (Criança morta)… As referências são infindas. Já as 12 obras de Sérgio Canfield expressam bem mais que 12 moléstias… Elaboradas. Sofridas. O CDI cataloga todas as mazelas que afligem o ser humano. O artista vale-se da quarentena para interiorizar, expor parte desses estigmas, relacionando imagens a sentimentos de perda, por diagnósticos com maus prognósticos.

A partir do estruturalismo de Ferdinand de Saussure, que influenciou Jacques Lacan e outros, o artista apropria-se, na Linguística, do método da repetibilidade, expondo o inconsciente. Faz aflorar os sentimentos de medo, desespero, finitude, estupor, estupefação…

Se o conteúdo é inspirado pela quarentena, a forma vem sendo trabalhada desde a exposição Apofenia, de 2008: uma pintura nervosa, expressionista, onde o que vale é a sensação, no presente caso, de exasperação.

Curadoria Inácio Carreira

 

Quarantine é uma das exposições selecionadas no Edital de Seleções de Projetos para Ocupações Artísticas da Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho de 2020 da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina.

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